quinta-feira, 20 de agosto de 2009

BARRICHELLO, O HERÓI DA RESISTÊNCIA NO FRONT

Crédito da foto - BrawnGP
O GP da Europa, 11ª etapa do mundial 2009 da Fórmula 1 que acontesse neste fim de semana, contará apenas com um representante brasileiro no grid de largada. Tal tarefa ficará a cargo de Rubens Barrichello da BrawnGP, já que Felipe Massa da Ferrari ainda se recupera em casa do pior acidente de sua carreira ocorrido nos treinos para a corrida da Hungria e será substituido por Luca Badoer, e Nelsinho Ângelo Piquet que não teve bons resultados e foi demitido da Renault, depois de trocar farpas com Flavio Briatore. Ontem, a Renault confirmou o franco-suíço Romain Grosjean no lugar de Nelsinho. A última vez que o Brasil teve um único piloto na pista foi em 2005, e coincidentemente Barrichello estava lá. Rubinho que à época pilotava pela Ferrari, disputou o GP dos EUA - prova esta que contou com apenas 6 carros no grid, depois que a Michelin(empresa que fornecia os compostos para Toyota, Sauber, Williams, Mclaren, BAR, Renault e Red Bull, por medidas de segurança logo depois do forte acidente com Ralf Schumacher na segunda sessão de treinos livres, que à epoca guiava um Toyota, decidiu retirar todas as equipes da prova. As mesmas somente executaram a volta de apresentação e regressaram aos boxes. Apenas Ferrari, Jordan e Minardi que calçavam pneus da Bridgestone correram. Tudo isso despertou a fúria do público norte americano que arremeçou latas de cerveja na pista de Indianápolis. Este insólito fato foi um dos mais patéticos de toda a história da F1 moderna. Se não bastasse isso, a prova marcou o começo das brigas de bastidores que Barrichello travava com a escuderia do Cavallino Rampante e Michael Schumacher, que jogou o carro para cima do brasileiro, quando Barrichello acabara de fazer sua parada e retornava a pista. O alemão acabou vencendo a prova, com Rubens em segundo e a Jordan do português Tiago Monteiro em terceiro. O indiano Narain Karthikeyan com a outra Jordan o quarto e as Minardi do holandês Christijan Albers e do austríaco Patrick Friesacher em quinto e sexto respectivamente. Depois do Pódio, Rubinho declarou que: "era apenas um brasileirinho lutando contra aquele mundo tudo". 3 anos antes, Rubens Barrichello também foi o herói da resistência do Brasil na categoria máxima, também no mesmo circuito misto de Indianápolis. Na ocasião, Michael Schumacher com o sentimento de culpa e arrependimento com tudo que aconteceu na Áustria, quando a Ferrari avisou pelo rádio para Rubens entregar a vitória de bandeja para o alemão e depois no pódio recebeu uma sonora vaia dos torcedores presentes em A1-Ring, resolveu presentear o brasileiro, pagando com a mesma moeda nos EUA. Schumacher tirou o pé e Barrichello venceu a corrida em Indianápolis com apenas 11 milésimos de diferença - Uma das menores de toda a história da categoria. Outro fato patético ocorrido em 2002 se deu durante os treinos oficiais em Magny-Cours na França. Enrique Bernoldi que defendia a Arrows, foi obrigado a andar devagarinho juntamente com seu companheiro de time o holandês Jos Verstappen, afim da equipe se livrar de uma multa, já que a mesma passava por dificuldades financeiras e declarou falência depois de disputar o GP da Alemanha. O magnata Tom Walkinshaw, chefe da Arrows e acionista de várias empresas na Inglaterra nada fez para salvar a equipe e não queria ver sua grana misturada com uma escuderia prestes a fechar as portas. Verstappen e Bernoldi pagaram mico na pista e o brasileiro foi obrigado também até a se utilizar de um par de luvas de um mecânico, já que o time havia perdido o contrato de fornecimento de material esportivo junto aos pilotos. Além de Bernoldi que não correu em Indianápolis/2002, Felipe Massa foi outro que ficou de fora da prova americana, já que havia sido sacado da Sauber e foi substituido por Heinz-Harald Frentzen, depois de ser punido na prova da Itália ao se envolver com um choque com o espanhol Pedro de La Rosa.

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