quarta-feira, 9 de setembro de 2009

CASO RENAULT CINGAPURA/2008(PARTE 4) - COM A PALAVRA, NELSON PIQUET SOTO MAIOR JUNTO À MAX MOSLEY

O site Grande Prêmio, repercutiu uma matéria exclusiva feita pela renomada revista inglesa Autosport, em sua edição eletrônica, de que todo o caso sobre a manobra da Renault no GP de Cingapura de 2008, que foi vencido por Fernando Alonso graças ao acidente de Piquet na 14a volta da prova, que beneficiou o primeiro triunfo do bi-campeão no ano passado, desde a sua tumultuada passagem pela Mclaren em 2007, foi trazido à tona no dia 26 de julho pelo pai de Nelsinho Piquet. Nelsão relatou toda a verdade dos fatos ao presidente da FIA Max Mosley.


Confira abaixo a tradução na íntegra da matéria da Autosport feita pelos jornalistas Jonathan Noble e Michele Lostia.



Crédito da foto - Autosport.com
Uma reunião entre Nelsinho Piquet, Flavio Briatore e Pat Symonds, horas antes no ano passado do Grande Prêmio de Singapura, foi vital no resultado final da prova, segundo apurações da Autosport. O Conselho Mundial da FIA que convocou a equipe Renault, vai se reunir dia 21 de setembro para que o time possa responder às acusações de que a escuderia causou uma falha deliberada em Cingapura no ano passado para ajudar Fernando Alonso a vencer. Pela primeira vez, fontes confirmaram os detalhes do caso. A Autosport entende que a chave para o que aconteceu na corrida é a discussão que houve em um dos escritórios da Renault na pista da Marina Bay no último domingo, onde foram debatidas as táticas de corrida entre Piquet, da equipe principal, Briatore e Symonds, diretor de engenharia. As fontes afirmam que a evidência apresentada à FIA por Nelsinho Piquet - o piloto brasileiro disse que foi solicitado por Briatore e Symonds, a bater deliberadamente no início da corrida, de modo a ajudar Alonso vencer. Piquet afirmou que concordou em fazer, porque se sentia desconfortável com sua situação na equipe, e com a Renault não ter renovado seu contrato para 2009, na época - e Briatore prometeu em fazer um compromisso firme. Piquet falou que ele só passou à frente e provocou o acidente, porque se sentiu que ia ser recompensado por suas ações. Em seu depoimento, o brasileiro afirma que ele foi levado de lado por Symonds após a primeira reunião e que ele deveria provocar o acidente na volta 13 ou 14, logo após a parada programada de Alonso em primeiro lugar, na curva 17 do circuito. A razão pela qual esta parte da pista foi apontada foi porque não havia guindastes ali presentes para levantar o carro longe, e portanto, qualquer acidente que praticamente acontecesse no trecho, garantiria a entrada do safety car. As Alegações de Piquet no entanto, foram negadas por Briatore e Symonds, em documentos que se acredita, terem sido apresentados à FIA. Embora confirme que a reunião entre os três ocorreu, ambos disseram(Briatore e Symonds) que foi uma sugestão do próprio Piquet para causar um acidente. Fontes afirmam que a corrida de Cingapura, assunto veio à tona em 26 de julho - o dia da última corrida de Piquet na Renault na corrida da Hungria - quando seu pai Nelson contatou o presidente da FIA Max Mosley, para torná-lo consciente do que havia ocorrido. Piquet Jr, em seguida, visitou a sede da FIA em Paris, em 30 de julho para apresentar uma declaração aos representantes da FIA, que se acredita ser o conselheiro Stewards Alan Donnelly, e investigadores externos da agência Quest. Seguinte depoimento de Piquet, os três comissários do Grande Prêmio de Cingapura, além de dois investigadores externos da Quest, foram levados para o Grande Prêmio da Bélgica para conduzir entrevistas com representantes da Renault. Um relatório na revista italiana Autosprint, também sugere que os dados de telemetria do carro de Piquet surgiu como outra razão pela qual o assunto foi para o Conselho Mundial. Na curva 17, onde Piquet bateu, normalmente as rodas traseiras da Renault perderiam o controle sobre a saída - que exige do condutor para aliviar momentaneamente fora do acelerador. No entanto, na volta ele rodou, Piquet manteve-se acelerando, apesar de perder a traseira do carro. Briatore é relatado para ter alegado que ele foi "vítima de extorsão por parte da família Piquet. "Confirmo o encontro com Piquet na manhã de domingo, mas nada como isso nunca foi falado. Lembro-me também em Singapura, que Piquet estava em um estado muito frágil de espírito. Além disso, existem as gravações de áudio em que ele expressa decepção quando ver nas telas que Piquet, havia saído. " Symonds também é relatado dizendo: "É verdade, durante a reunião de domingo com Piquet, a questão da provocação deliberada de uma implantação do SC subiu, mas foi proposto pelo próprio Piquet. Foi apenas uma conversa." A Renault disse que não vai comentar o assunto oficialmente, antes da audiência do Conselho Mundial final deste mês.

Fonte do texto: http://www.autosport.com/news/report.php/id/78446


Depois das declarações de Nelson Piquet Soto Maior junto à Max Mosley, a barra de Nelsinho pode estar começando a ficar limpa para o seu lado, já que pode ficar provado que o brasileiro foi coagido e utilizado de má fé por Briatore e Symonds. Agora vamos esperar que tanto o ex-chefe de Nelsinho, bem como o engenheiro da equipe francesa respondam criminalmente no dia 21 de setembro, depois que o Conselho Mundial da FIA em Paris, os declarar culpados durante a audiência. A Renault também pode sofrer um duro golpe, como a exclusão das próximas provas do mundial 2009, bem como ser banida da categoria.

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